De mochila às costas e com vontade de conhecer outras culturas, sabores e lugares, fomos rumo ao país das trends do TikTok para perceber o fenômeno turístico que a Albânia está a viver e permitam-me que vos diga, não viemos desiludidos.

Saímos do Porto no dia 30 rumo a Tirana ou Madre Teresa, como os locais chamam ao aeroporto da capital, sendo que fazíamos uma curta paragem em Barcelona porque, neste momento, ainda não existem voos diretos de Portugal para a Albânia.

Com uma chegada muito tardia, por volta da 1 da manhã, tratamos imediatamente de comprar cartões de turistas para ter acesso a dados – a Albânia não faz parte da União Europeia pelo que o tão adorado roaming não existe lá.

Devido à hora, já não tínhamos autocarro do aeroporto para a cidade pelo que optamos por um táxi que ficou a cerca de 2.000 Lek – aproximadamente 19€.

Creio que o primeiro momento de choque foi o aspeto das casas por fora em comparação aos interiores renovados, o que nos fez lembrar muito este tipo de TikToks que andávamos a ver - https://www.tiktok.com/@grinchorshakira/video/7268492808095419666?_r=1&_t=8flj5INVFnF

Dia 1 era um novo dia e estávamos prontos para saber mais sobre a capital albanesa e, por isso, tal como em todas as viagens que faço, começamos com uma Free Walking Tour que cobria todos os pontos essenciais da cidade.

Terminada a Free Walking Tour, fomos almoçar e queríamos começar imediatamente pelo mais típico que conseguíamos encontrar, as almôndegas! Bem diferentes das que comemos em Portugal, estas tinham um certo sabor a churrasco e a textura era mais crocante por fora. Vinham acompanhadas de dois molhos brancos com influência grega.

Depois do almoço optamos por visitar o Bunk’Art 2, o bunker que existe no centro da cidade, criado pelo ditador Enver Hoxha que acreditava que a Albânia estava sempre em perigo iminente de um ataque. O Bunk’Art 2 é apenas um dos 173.000 que o ditador construiu.

A Praça Skanderbeg é mesmo ao lado do Bunk’Art e é o ponto central da cidade, repleto de vida e história, com vista para o National Historical Museum, o Palace of Culture e a Et’hem Bej Mosque.

A Pirâmide de Tirana é um edifício com o qual, na verdade, eles nunca souberam muito bem o que fazer, mas a vista do topo vale muito a pena!

( óculos e camisa )

Conseguimos ainda passar pelo Pazari i Ri, a versão albanesa do Mercado do Bolhão, onde provamos alguns dos doces típicos. Depois disso, era tempo de relaxar um pouco e fomos até ao Millennium Garden para Mojitos e Long Island Ice Teas 🤪

O lugar para jantar foi sugerido por uma amiga albanesa que conheci numa viagem a Bruxelas. Oda – Traditional Albanian Restaurant, a assinatura já nos dizia tudo. Entramos num restaurante que parecia uma casa, com dois pátios extremamente bonitos e perfeitos para acompanhar o calor agradável que se fazia sentir durante a noite. A escolha foi obviamente o prato típico do restaurante, lamb (fiquei na dúvida se traduzia para cordeiro ou anho) com batata. Quando terminamos a refeição, pedimos a famosa Rakia, um digestivo típico das famílias albanesas. Surpresa a minha, era a aguardente portuguesa, mas comercializada 😂

Com os 40% de álcool do shot de Rakia, seguimos pela busca do melhor Long Island Ice Tea no Blloku, o bairro onde antigamente morava o ditador e, ironicamente, onde atualmente estão todos os bares.

Depois do cocktail fomos rumo a casa e dávamos por terminado o nosso dia em Tirana, afinal, tínhamos a costa albanesa à nossa espera 👀

Texto Francisco Barros

26 de outubro de 2023 — Diana Nobre