Bauy with friends é o espaço onde falamos com pessoas que nos inspiram e onde partilhamos um pouco dessas conversas convosco.

Não haveria melhor maneira de começar senão com a Maria Seixas Correia, amiga da Bauy já há uns anos, locutora e apresentadora que nos permitiu saber um pouco mais sobre a vida dela.

  • Tendo em conta que és uma cara conhecida do público geral há mais de 10 anos, como é que te apresentas hoje em dia?
Tenho alguma dificuldade em apresentar-me, confesso. Sou a Maria, tenho 32 anos, sou de Lisboa. Gosto de criar. Acho que é como me conheço melhor.

Sinto-me entertainer no geral. Apresentadora em particular. O que ocupa mais espaço no meu coração é ser radialista/animadora de rádio. Sinto que é o que sei fazer melhor e onde me sinto mais confortável. No fundo gosto de fazer os outros sentir coisas. No entanto, não é só altruísta: sinto que preciso mesmo desta troca de sentimentos e diversão para ser feliz. Sou mãe e sou obcecada pelo meu filho, o Akira. Ele é a pessoa mais fixe do mundo.

  • Estás quase a celebrar 3 anos no Curto Circuito, antes de mais, muitos parabéns! Como têm sido estes anos a trabalhar num formato que te era estranho? O que é que a mudança de rádio para a televisão te ensinou até agora?

Wow. Não tinha reparado que já eram quase 3 anos! A rádio é uma escola maravilhosa para todas as formas de comunicar. Ir com esta bagagem ajudou muito o processo. O auxílio da comunicação através da imagem acaba por facilitar as coisas. Também já tinha feito alguns programas para o Youtube que me deram essa "estaleca" com as câmaras. Mas há uma magia muito única na televisão, aprendizagens e desafios, claro. A parte da imagem também nos deixa mais expostos. Na rádio somos nós a controlar tudo. Na televisão há mais pessoas a controlar: os tempos, os conteúdos, os convidados, os formatos... até agora a minha maior aprendizagem é perceber que não controlo tudo.

imagem direita: blusa e colar

  • A década dos 20 para ti tem definitivamente provado que são tempos de mudança e acredito que a maior da tua vida (não sendo pai e vivendo apenas pela experiência partilhada de amigos e família) foi o nascimento do Akira. Como tem sido esta experiência de amor nova?

A melhor da minha vida. Tudo o que possas imaginar de cliché, confere. E não sei se já disse... mas o Akira é a pessoa mais fixe do mundo. Ahahaha

  • Há alguma saudade de fazer rádio? Sentes que o “Enquanto Não Tenho 1 Podcast” é o lugar onde vais matar este bichinho de saudade da rádio ou é algo completamente diferente para ti?

Muitas saudades. Penso diariamente na rádio. Eu sinto-me mesmo radialista como se fosse um traço de personalidade. Tipo: sou simpática, divertida, radialista, teimosa. Ahaha.

O Enquanto Não Tenho 1 Podcast ocupa um bocado esse espaço sim. Mas nada substitui a rádio. O direto, o tipo de comunicação, as pessoas. Um dia sei que vou voltar à rádio.

calças, camisa e top

  • Puxando um pouco a brasa não à minha sardinha, mas à da Bauy, gostava de falar um bocadinho contigo sobre a tua relação com a “moda” – conceito bastante abrangente. Como é que lembras a primeira vez em que quiseste saber da forma como te vestias? Existe um momento específico ou foi algo gradual?

Desde criança que adoro roupa. Lembro-me de duas peças em específico que penso: eish quem me dera usar hoje em dia.

    Ambas são muito o estilo Bauy: uma delas é um vestido às riscas largas com várias cores esbatidas e uma espécie de glitter, a outra é também um vestido, mas vermelho com flores havaianas brancas. Desde sempre que me expresso muito através da roupa.

    • O que é que foi sempre importante e indispensável para ti na roupa que vestias?

    Que seja uma extensão da minha personalidade.

    • Como é que justificas ao teu “eu” de 15 anos a forma como te vestes agora?

    Eu acho que o meu eu de 15 anos ia pensar: já tens 32 e às vezes ainda pareces ter 15. O que pode ser bom e mau. Não cedo à pressão da idade e do que é suposto fazer. Penso muito que escolhi esta profissão para ter uma vida a brincar. Divertida. E o meu eu de 15 anos faz parte. A parte má é que às vezes temos de lidar com pessoas que já perderam o seu eu de 15 anos e é chato.

    • Houve momentos específicos da tua vida que fizeram mudar a forma como encaravas a maneira como te vestias?

    Poucos. Lembro-me que quando era hospedeira de eventos (ainda quando estudava) tinha de esconder os piercings e tatuagens. Espero que isso já tenha mudado.

    • Num mundo em que estamos habituados a reciclar trends, #welcomebackcrocs, qual é a trend a que nunca vais aderir?

       

    Nunca digo nunca, mas já não me imagino a usar snapback, e houve uma altura que adorava usar.

    • A chegar ao fim e focando agora na tua relação com a Bauy, gostava de te perguntar se consegues relembrar a tua primeira interação com a marca e como é que essa interação evoluiu até aos dias de hoje?

    Lembro-me que a minha primeira peça da Bauy foi uma camisa de veludo azul que usei no Curto Circuito. Durante os anos fui comprando peças para mim e para o Akira. Hoje em dia acho que temos uma relação muito bonita. Sobretudo porque digo muitas vezes por semana: "é da Bauy". Não há vez que use algo da Bauy que não elogiem e eu diga: é da Bauy. Até me sinto chata. E depois complemento sempre com: é uma marca portuguesa incrível tem imensa pinta. Vê. Ya sou chata, apercebi-me agora. Mas a verdade é que adoro a marca e espero continuar a acompanhar o crescimento da Bauy por muitos anos. E de preferência a continuar a dizer: "é da Bauy" por muitos anos também. :)

    Primeira parceria com a Maria

    Texto Francisco Barros

    17 de novembro de 2023 — Diana Nobre